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Subestações de Entrada de Energia - Convencional Construídas em Alvenaria


Objetivo

Este Capítulo se destina a orientar os interessados quanto às características das SEE convencionais construídas em alvenaria, quanto à localização, contrução, montagem, aplicação dos materiais e equipamentos padronizados e demais detalhes a serem observados para possibilitar o fornecimento de energia elétrica.

Devem ser dotadas de SEE convencionais as entradas consumidoras que, dentro dos limites de fornecimento estabelecidos no item 6 do Capítulo das CONDIÇÕES GERAIS PARA FORNECIMENTO, necessitem ser atendidas sem restrição quanto à quantidade e/ou potência dos transformadores a serem utilizados nas instalações. As entradas consumidoras com SEE convencionais caracterizam-se pela obrigatoriedade de possuírem medição no lado da média tensão, e proteção geral por meio de um disjuntor com desligamento automático e acionamento por relés secundários.

Nota1 Eventualmente, em função da quantidade e potência dos transformadores previstos na instalação, haverá necessidade de um estudo específico para o atendimento, considerando a disponibilidade técnica do sistema.

Nota2 O atendimento de entrada consumidora, na qual seja suficiente a utilização de apenas um único transformador trifásico com potência de no máximo 300kVA, pode ser feito por meio de SEE simplificada, conforme Capítulos que tratam de SEE SIMPLIFICADA.


1. Construção Civil

1.1. Localização

a. A SEE convencional deve ser construída junto ao limite da propriedade com a via pública, no pavimento térreo, em local de livre e fácil acesso e o mais próximo possível da entrada principal e do ponto de conexão, de acordo com a NBR ABNT - 14.039 e conforme com os requisitos dos módulos 3 e 5 do PRODIST.

b. É admitido recuo apenas e tão somente por exigência dos poderes públicos e, neste caso, a construção deve ser feita até no máximo o alinhamento da primeira edificação, sendo que a área compreendida entre a via pública e a subestação não pode ser utilizada para qualquer tipo de contrução ou depósito de qualquer espécie, sendo que, nestes casos, o ramal de entrada deve ser obrigatoriamente no padrão de entrada subterrânea.

Nota: São aceitas justificativas para construções de SEE recuada do alinhamento, somente para local onde haverá alargamento da via pública, ou próxima à faixa de dominio de rodovias, Para ambos os casos devem ser fornecidos à AES ELETROPAULO documento oficial emitido por órgãos públicos que comprove a necessidade de recuar a instalação da SEE.

c. A SEE para instalação de equipamentos de medição e do disjuntor geral pode ser construida no pavimento imediatamente acima ou abaixo do nível da rua (sempre no alinhamento da propriedade com a via pública), somente se não existir a menor possibilidade de ser instalada no térreo, mediante apresentação de justificativas a AES ELETROPAULO. Em ambos os casos o local deve ser de livre e fácil acesso e o mais próximo possível da entrada principal.

d. Atendendo ao prescrito no item "b." acima, a SEE pode ser construída:


  • Em locais situados no interior de outras edificações ou a elas agregados, porém, em qualquer caso, a SEE deve ser construída no nível da rua ou, excepcionalmente e mediante justificativa à AES ELETROPAULO, em pavimento imediatamente acima ou abaixo do pavimento de acesso principal da edificação
  • O recuo, quando permitido, será de no máximo 25 metros de percurso de condutor, contados a partir do ponto de entrega até chave seccionadora de entrada instalada no cubículo de medição;
  • O ponto de entrega deve situar-se na conexão deste ramal com a rede aérea (ligação das muflas);
  • Na área compreendida entre a via pública e à SEE deve ser previsto um corredor sobre todo o percurso do eletroduto de entrada, com 2.500mm de largura de área não edificante, onde esta área não pode ser utilizada para depósito de qualquer espécie;
  • Na utilização desta alternativa, é sugerida a instalação de duto reserva para o ramal de entrada, a ser projetado e construído segundo orientação da AES ELETROPAULO.

Nota1: As SEE projetadas para serem instaladas abaixo do nível do solo, ou no primeiro pavimento, quando permitida, devem atender o disposto na norma ABNT NBR - 14.039.

Nota2: SEE instaladas em locais sujeitos a inundações devem atender ao exposto na nota anterior, e possuírem equipamento de manobra com isolamento integral em SF6, instalado como primeiro equipamento da entrada, e sendo previsto no sistema de desligamento atuado pela elevação no nível de água até um patamar seguro de operação dos equipamentos da SEE.

Nota3: Às instalações construidas no pavimento imediatamente acima ou abaixo do nível do solo, ou afastadas do alinhamento do imóvel com a via pública que se encaixem nas condições prevista no item "b.") na ocorrência de defeitos nos condutores do ramal de entrada, a AES ELETROPAULO poderá prestar atendimento provisório de emergência, desde que as condições técnicas e de segurança assim o permitir.

1.2. Características

Qualquer que seja o local de sua instalação a SEE deve ser inteiramente construída com materiais incombustíveis. As paredes devem ser de alvenaria e o teto deve ser de laje de concreto, ambos com acabamentos apropriados, de acordo com as prescrições da ABNT NBR - 14.039.

A SEE deve ser constituída apenas por dois compartimentos contíguos e delimitados por parede de concreto até o teto, e de uma área para circulação de operadores, manutenção, manobras e leitura observando-se o seguinte:

a. O primeiro compartimento (recinto de medição) destina-se a receber o ramal de entrada, a instalação da chave seccionadora de entrada e a instalação dos transformardores de potencial e de corrente da medição;

b. No outro compartimento deve ser construído cubículo de segurança, delimitados por parede de alvenaria e providos, na parte frontal, de grades de proteção (obstáculos). Esse cubículo destina-se exclusivamente à instalação de equipamentos e dispositivos de média tensão, destinado a proteção geral. Neste cubículo deve ser alojado o disjuntor geral, sua chave seccionadora, os transformadores de potencial e de corrente da proteção;

Dependendo do projeto elétrico da entrada consumidora, podem ser previsto outro cubículo para o transformador auxiliar e seu dispositivo fusível de média tensão (este cubículo deve ficar situado fisica e eletricamente entre o recinto de medição e o do disjuntor geral).

A transição dos barramentos de cobre, descritos em 2.4. devem ser feitas por meio de bucha de passagem.

c. Cubículos de saida com disjuntores parciais ou chaves seccionadoras devem ser construídos fora do recinto da SEE e com acesso independente.

Para instalação de transformadores de serviço e suas respectivas chaves seccionadoras e fusíveis HH, no caso de dois ou mais, devem ser construído um recinto apropriado, independente da SEE. Sua construção pode ser contígua, todavia deve ser separados por paredes de alvenaria com portas de acessos independentes.

Nota: Para instalação de equipamentos e dispositivos de baixa tensão, com finalidade de proteção geral, como por exemplo, relés secundários, em função do projeto, devem ser previstos locais apropriados situados, obrigatoriamente, fora das áreas dos cubiculos de segurança.

Nos desenhos 7, 8, 14, 15, 16, 17 e 18 que ilustram as condições minimas a serem observadas quando da construção das SEE, podem ser vistos o recinto de medição e o compartimento destinado a instalação do disjuntor geral e do transformador auxiliar.

1.3. Dimensões

As áreas dos compartimentos devem ser suficientes para a instalação dos equipamentos e sua eventual remoção, bem como para livre circulação dos operadores e execução de manobras. A área para circulação de operadores deve ter largura mínima de 1.200mm e a área para operação de manobras largura mínima de 1.500mm.

A altura livre interna, pé-direito, deve permitir a adequada instalação dos equipamentos, tendo em vista suas alturas e as distância mínima a serem observadas. Em função da tensão nominal, o pé-direito não pode ser inferior aos seguintes valores:


  • Até 13,8kV -> 3.500mm
  • 21 e 23kV -> 4.000mm

Para atendimento em circuitos primários de distribuição cuja tensão de fornecimento é de 34,5kV a SEE deve ser constituída exclusivamente de conjuntos blindados.

A altura externa, em entradas aéreas, deve ser suficiente para que os dispositivos de fixação do ramal de ligação sejam instalados de modo que os condutores obedeçam ao afastamento mínimo de 6.000mm em relação ao solo.

A altura dos muros de alvenaria que delimitam o cubículos do disjuntor geral e o transformador auxiliar, se houver, deve ser de 2.000mm, no mínimo.

Nota: De modo geral, as dimensões da construção devem permitir que sejam observados, nas montagens eletromecânicas, os afastamentos mínimo entre as partes energizadas de todos os equipamentos, bem como os afastamentos mínimos relativos aos condutores. Vide tabelas 1 e 3 (itens 4. e 6.)

1.4. Portas de Acesso

Devem ter sentido de abertura para fora, possuir dimensões suficientes para entrada e saída de qualquer equipamento (mínimas de 800x2.100mm), e devem ser adequadamente dispostas, conforme indicações (sugestões) nos desenhos 7, 8, 14, 15, 16, 17 e 18.

A porta de entrada da SEE deve ser de chapa metálica, devidamente aterrada, provida de trinco e cadeado, e ter afixado uma placa contendo a inscrição:"PERIGO DE MORTE - ALTA-TENSÃO", e os símbolos indicativos desse perigo.

O acesso a SEE deve ser feito pelo interior do imóvel não sendo permitida a instalação de porta de acesso voltada diretamente para via pública.

Nota:Quando instalada em paredes, que façam divisa com recintos internos de outras edificações ou de grande circulação de pessoas, a porta de entrada deve ser do tipo corta-fogo (mínimo P90), menos que nas subestações sejam utilizados unicamente transformador auxiliar a seco, disjuntores a vácuo, PVO ou em SF6.

A porta de acesso ao cubículo de medição deve ter sentido de abertura para fora, ser de tela metálica de resistência adequada, malha máxima de 13mm; deve possuir dobradiças internas e invioláveis, dois dispositivos para selagem e trinco com cadeado. Vide desenhos 7, 8, 14, 15, 16, 17 e 18.

1.5. Grade de Proteção dos Cubículos

Para de impedir o acesso acidental às partes vivas das instalações de média tensão, os cubículos devem ser providos, em sua parte frontal, de grades de tela metálica, removíveis e articuláveis a 90°, malha máxima de 25mm, e resistência adequada, com trincos e batentes.

As grades devem ter, em relação ao piso, altura mínima de 1.800mm e, sua parte inferior distância máxima de 300mm, conforme indicações nos desenhos 7, 8, 17 e 18.

1.6. Janelas para Ventilação e iluminação

Devem atender às condições mínimas indicadas a seguir, e devem ser adequadamente dispostas, de acordo com a finalidade a quem se destinam. Vide indicações (sugestões) nos desenhos 7, 8, 17 e 18.

As janelas inferiores ("aberturas"), destinadas à ventilação natural permanente, devem ter dimensões mínimas de 500 x 400mm; a base destas janelas deve distar 200mm do piso interno e o mínimo de 300mm do piso externo. Estas janelas devem ser providas de venezianas fixas, cujas lâminas devem ser de chapas de aço, ou alumínio, dobradas em forma de chicana (V invertido, ângulo de 60°).

As janelas superiores, destinadas à ventilação natural permanente e à iluminação, devem ter área mínima de 1,00m2; o topo desta janela deve distar, no máximo, 200mm do teto e a sua base, o mínimo de 2.000mm do piso externo. Esta janela deve ser provida de venezianas fixas, formadas por lâminas de vidro de no máximo 150mm de altura.

A janela destinada somente à iluminação natural; instalada no cubículo de medição, deve ter área mínima de 1,00m2. Esta janela deve ser provida de vidraças fixas, formadas por lâminas de vidro de no máximo 150mm de altura.

Todas as janelas devem ser protegidas externamente por grades de tela metálica com malha máxima de 13mm e resistência adequada.

Nota1: Qualquer janela não pode ser instalada em parede que faça divisa com recintos internos a edificações e áreas de grande circulação de pessoas, exceto quando for utilizado transformador auxiliar a seco ou com líquido isolante não inflamável.

Nota2: Na impossibilidade de ser conseguida ventilação natural suficiente, deve ser instalado, também sistema de ventilação forçada conforme prescrições das normas específicas da ABNT, com sistema de captação e exaustão comunicando-se ao meio externo à edificação.

Nota3: Além da iluminação natural, a SEE deve ser dotada de iluminação artificial, e eficiente obedecendo aos níveis de iluminamento fixados pela ABNT NBR - 5413, e iluminação de segurança, com autonomia mínima de 2 horas, alimentada pelo transformador de serviço.

1.7. Disposições Gerais

a. Na área ocupada pela SEE não deve haver passagem de tubulações de gás, água, esgoto, telefone, ar-condicionado etc.

b. Caso seja necessária a construção de escada, ou rampa, exclusiva para acesso às SEE localizadas em outro nível, que não o nível do solo, essa escada, ou rampa, deve ser fixa e constituída de materiais incombustíveis; deve ter inclinação adequada e ser provida de proteção nas laterais, devendo ser observado que não é permitida a utilização de escadas do tipo caracol ou marinheiro (ABNT NBR - 9077).

Nota: A escada, ou rampa, de acesso não deve ter seu desenvolvimento no interior das SEE.

c. As SEE devem ser convenientemente protegidas e impermeabilizadas contra a penetração e infiltração de águas em seu interior.

d. A laje de cobertura, quando sujeita à ação das chuvas, deve possuir declividade e beiral (pingadouro), conforme desenhos 7, 8, 17 e 18 e deve ser convenientemente impermeabilizada.

Nota: A declividade da laje de cobertura deve ser direcionada de modo que as águas pluviais não sejam dirigidas para o lado das buchas de passagem, em entradas aéreas, nem para o lado da pora de entrada da SEE.

e. As SEE devem ser construídas de acordo com as normas e dispositivos regurlamentares da Construção Civil, sob a responsabilidade de um profissional habilitado; devem atender aos requisitos técnicos de estabilidade e segurança; devem ter bom acabamento.

2. Montagem Eletromecânica

Deve obedecer ao prescrito na norma ABNT NBR-14.039 e aos itens a seguir, devendo ser observadas, também, as condições indicadas nos desenhos 7,8, 14, 15, 16, 17 e 18, sendo que todos os materiais e equipamentos, a serem utilizados, devem estar de acordo com as especificações contidas no Capítulo dos MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PADRONIZADOS.

2.1. Ramal de Ligação

2.1.1. Condutores

Os condutores do ramal de ligação são dimensionados, fornecidos e instalados pela AES ELETROPAULO, desde o ponto de derivação de sua rede até o primeiro ponto de fixação na propriedade particular (ponto de entrega).

2.1.2. Dispositivos de Fixação

Para fixação das fases, devem ser empregados isoladores de suspensão tipo bastão.

Para fixação do PEN, deve ser utilizado um isolador tipo roldana para baixa tensão.

Estes dispositivos devem ser instalados de modo que os condutores do ramal de ligação obedeçam aos afastamentos mínimos indicados na tabela 3 (item 5.).

Buchas de Passagem

Para passagem dos condutores através da parede da SEE e entre os cubículos de medição e do disjuntor, devem ser empregadas buchas de passagem tipo externo interno e interno, respectivamente, com características especificadas no quadro abaixo, as quais devem ser instaladas de modo que sejam obedecidos os afastamentos mínimos indicados nos desenhos 7, 8, 17 e 18.

No quadro a seguir, são apresentadas as características das buchas de passagem a serem utilizadas, de acordo com a tensão nominal:


Tensão Nominal
[kV]
NBI
[kV]
Tensão de Descarga a 60Hz [kV]
a seco sob chuva
Até 13,8 95 70 45
23 125 90 70

2.3. Ramal de Entrada Subterrâneo

Para fornecimento através de ramal de entrada subterrâneo, com instalação de terminais externos (muflas) em poste da AES ELETROPAULO, conforme indicado no desenho n° 4, devem inicialmente ser observadas as seguintes condições:

a. A instalação do eletroduto de ferro galvanizado e do ramal de entrada subterrâneo no poste da AES ELETROPAULO é permitida apenas a título precário, assumindo o consumidor o compromisso de removê-los quando solicitado. Esta instalação somente pode ser efetuada após o interessado ter recebido, para cada caso, prévia autorização e orientação a respeito;

b. O ponto de entrega deve ser considerado nos terminais da mufla externa, cuja conexão com o ramal de entrada deve ser realizado pelo interessado;

c. O ramal de entrada subterrâneo não pode atravessar o leito carroçável da via pública (exceto por exigência dos poderes públicos), ou o passeio de imóveis de terceiros, devendo ser o mais curto e retilíneo possível;

d. Em todo o percurso do ramal de entrada não pode ser instalada caixa de passagem.

2.3.1. Cabos Subterrâneos

Deve ser próprios para instalação em locais não abrigados sujeitos a umidade; podem ser unipolares (singelos) ou tripolar devem ter isolação de XLPE ou EPR tensão nominal 8,7/15kV, para instalações em regiões atendidas nas tensões de até 13,8kV, e tensão nominal 15/25kV para as regiões atendidas em 23kV.

Os condutores devem ser de cobre e sua seção deve ser determinada em função da demanda final prevista para instalação e da queda de tensão calculada observando-se ainda, que a seção mínima permitida é de 25mm2.

Nota1: Condutor PEN
Deve possuir isolação para 750V na coloração azul clara, seção mínima de 25mm2, cobre, e deve ser instalado junto ao cabo principal dentro do mesmo eletroduto.

Nota2: Cabo Reserva em Poste da AES ELETROPAULO
Fica a critério do cliente a instalação de cabo subterrãneo de reserva, ou duto reserva, principalmente em SEE que por questões de ordem técnica ou de segurança não ofereçam, à AES ELETROPAULO, condições para efetuar a ligação aérea de emergência, caso ocorra algum defeito no ramal de entrada subterrâneo.

Para instalação de cabo reserva deve ser observado o seguinte:


  • Quando o ramal de entrada subterrâneo for constituído de cabos subterrâneos singelos, o cabo reserva deve ser também singelo e instalado no mesmo eletroduto dos demais;
  • Quando o ramal de entrada for constituído de cabo subterrâneo trifásico, o cabo reserva deve também ser trifásico, podendo ser instalado no mesmo eletroduto daquele, ou em eletroduto separado, mas sempre no mesmo poste da AES ELETROPAULO;
  • O terminal externo do cabo reserva deve ser conectado à rede distribuidora da AES ELETROPAULO, conforme desenho n° 4, devendo o terminal interno, na SEE, ficar desligado da instalação consumidora. Este terminal deve situar-se em altura mínima de 2.700mm do piso interno e ser sinalizado com placa de advertência contendo a inscrição: "PERIGO DE MORTE - CABO ENERGIZADO" e os símbolos indicativos desse perigo.

2.3.2. Muflas

Devem ser utilizadas muflas (terminais) nas duas extremidades do cabo subterrâneo, qualquer que seja o tipo deste.

As muflas trifásicas ou monofásicas, para instalação externa, devem ser à prova de intempéries; para instalação interna não há restrição quanto ao tipo.

As muflas externas devem ser fixadas às cruzetas de ferro por meio de abraçadeiras de ferro galvanizado, conforme instrução de cada fabricante.

2.3.3. Eletrodutos

Os cabos do ramal de entrada subterrâneo não devem conter emendas e devem ser protegidos por eletrodutos de diâmetro nominal mínimo de 100mm, devendo ainda ser observado o seguinte:

Na parte expostas, o eletroduto deve ser de ferro galvanizado a fogo. Em poste da AES ELETROPAULO, sua fixação deve ser feita com abraçadeiras de ferro zincadas a quente, devendo sua extremidade superior ficar, no mímimo, 4.000mm acima do nível do solo, e ser vedada com massa apropriada.

a. Na parte enterrada, o eletroduto deve ser de ferro galvanizado a fogo ou PVC. A profundidade mínima de instalação deve ser de 600mm, sendo que eletrodutos de PVC devem ser envelopados em concreto, para proteção mecânica adicional.

2.4. Barramentos

Devem ser de cobre, em vergalhão ou barra com seção mínima de 70mm2, firmemente fixados sobre isoladores.

Na montagem dos barramentos devem ser observados, de acordo com a tensão nominal, os seguintes afastamentos mínimos, considerados entre partes vivas e não de centro a centro:

a. Até 13,8kV
200mm - entre fases
160mm - entre fases e terra
b. 21 e 23kV
300mm - entre fases
200mm - entre fases e terra

Para identificação, deve ser usado a seguinte convenção de cores:
Fase A - Vermelha
Fase B - Branca
Fase C - Marrom
PEN - Azul clara
Terra - Verde ou verde/amarela

2.5. Medição

Os equipamentos de medição (transformadores de potencial, transformadores de corrente e medidor) são dimensionados e fornecidos pela AES ELETROPAULO e sua instalação é feita no compartimento selado (recinto de medição) da SEE, devendo ser observado o seguinte:

a. Transformadores de Medição

São empregados na medição, 3 transformadores de potencial (TP) e 3 de corrente (TC), cuja instalação deve ser feita em bases de sustentação (perfilados metálicos para os TC e perfilados metálicos ou alvenaria para os TP), as quais devem ser firmemente fixados com parafusos, observando-se a disposição indicada nos desenhos 7, 8, 14, 15, 16, 17 e 18.

b. Caixa de Medidor

A caixade medidor, especificada no item 4.1. do Capítulo dos MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PADRONIZADOS, deve ser instalada de acordo com as indicações mostradas nos desenhos 7, 8, 14, 15, 16, 17 e 18.

Nota: O medidor eletrônico, bloco de aferição, modem e demais acessórios destinados à medição, é fornecido e instalados pela AES ELETROPAULO.

2.5.1. Cabos de Controle e Medição

Os cabos de controle devem ser fornecidos, instalados e identificados pelo cliente ou seu responsável técnico legal, ligando os TCs e/ou TPs de medição à caixa de instalação dos medidores. Para cada circuito de potencial ou de corrente, deve ser empregado um cabo blindado, de 4 (quatro) veias identificadas pelas cores vermelho, azul, branco e marrom (ou amarelo) ou por numeração, e seção nominal de 4,00mm2 de acordo com especificação em 2.5.1.1. abaixo.

As extremidades dos condutores devem ser decapadas em aproximadamente 2cm e serem devidamente estanhadas de forma que permitam a conexão segura ao bloco de aferição.

A blindagem dos cabos de controle deve ser rigidamente aterrada somente do lado da caixa de medidores.

Os cabos devem ser instalados em eletrodutos de aço galvanizado ou PVC rígido rosqueável, diâmentro de 50mm, desde o compartimento dos TCs e TPs até a caixa de medidores.

Os eletrodutos devem ser instalados embutidos no piso do cubículo de medição ou externamente, desde que estes cheguem através da base inferior da caixa de medidores ou em uma das laterais desta nas proximidades da base da caixa de medidores.

Nota1: Nas instalações em que os eletrodutos tenham trechos instalados externamente estes devem ser obrigatoriamente feitos de aço galvanizado.

Nota2: Nos casos de utilização de cubículos blindados nas SEE de média tensão dos tipos simplificada, convencional, com multimedição ou pré-fabricada, independente do meio de isolamento, os cabos de controle devem ser fornecidos pela fabricante do conjunto blindado de acordo com as especificações contidas neste comunicado.

2.5.1.1. Especificação Técnica dos Cabos de Controle e Medição

Os cabos de controle devem ser blindados e ter as seguintes características técnicas:


  • Seção Nominal de 4,00mm2, constituída por 4 veias;
  • Tensão de Isolamento: 1kV;
  • Flexibilidade mínima correspondente à classe de encordoamento 5;
  • Isolação constituída por composto extrudado á base de polietileno termoplástico (PE) ou cloreto de polivinila (PVC);
  • Identificação dos condutores: veias numeradas ou coloridas;
  • Conforme ABNT NBR-7289.

2.6. Proteção na Média Tensão

Deve atender às prescrições da NBR-14039, da ABNT, e às determinações estabelecidas nos itens a seguir.

Nota: Proteção das instalações de baixa tensão deve ser feita de acordo com as prescrições da ABNT NBR-5410.

2.6.1. Disjuntor Geral

Deve obrigatoriamente ser instalado disjuntor geral, mesmo que os circuitos internos de alta-tensão sejam protegidos individualmente por disjuntores auxiliares.

O disjuntor, cujas características estão indicadas no item 3. do Capítulo dos MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PADRONIZADOS, deve ser instalado, em cubículo próprio, no compartimento contíguo ao recinto de medição. Deve ser firmemente fixado a suportes rígidos, convenientemente instalados sobre base de concreto. Vide desenhos 7, 8, 14, 15, 16, 17 e 18.

Nota1: Caso seja instalado sistema de comando elétrico à distância, para acionamento de disjuntores dotados de mecanismos para esse tipo de operação, deve ser observado que a sinalização indicativa para controle do operador, no local de comando, deve ter alimentação derivada do transformador de potencial de proteção ou do transformador auxiliar. Vide item 2.9.1. deste Capítulo.

Nota2: Quando a potência instalada é muito elevada pode ocorrer desligamento na energização, uma das soluções adotadas é a previsão de disjuntores parciais a fim de compatibilizar, a corrente de magnetização na ocasião da energização dos transformadores com os ajustes dos relés instantâneos de fase do circuito alimentador. A experiência tem mostrado que isto pode ser interessante para os seguintes valores de potência de transformação:


  • Tensão de 13,8kV - 2500kVA
  • Tensão de 21kV - 3600kVA
  • Tensão de 34,5kV - 6000kVA

2.6.2. Rearme Automático do Disjuntor Geral

Rearme automático consiste no restabelecimento automático de energia, por meio de fechamento do disjuntor SEE, quando do retorno e normalização da tensão primária na rede da AES ELETROPAULO.

Nota: Não e permitido o religamneto automático, após ocorrência de eventos de corrente (sobrecarga ou curto-circuito) na rede. O esquema elétrico deve prever a viabilidade do rearme automático e o bloqueio do religamento automático.

Pode ser instalado pelo cliente um relé para rearme automático do disjuntor principal, desde que, a planta possua circuitos primários com seccionamentos parciais, efetuados por disjuntores, onde o tempo de rearme destes circuitos deve ser superior ao tempo de rearme do disjuntor principal e a medição esteja de acordo com o estabelecido no item 2.6.2.4.

A atuação do relé de rearme só deve ocorrer num intervalo de tempo igual, ou superior a dois minuitos após o retorno da tensão da rede de distribuição da AES ELETROPAULO. Este relé deve ser alimentado pelo TPP ou por transformador auxiliar.

deve ser encaminhado à AES ELETROPAULO memorial descritivo, diagramas trifilar e unifilar de toda instalação indicando os circuitos de controle e proteção e, também, diagrama funcional da proteção do disjuntor geral e dos disjuntores parciais.

No caso de instalações dotadas de grupo gerador, deve ser apresentada documentação conforme as notas técnicas específicas para este tipo de conexão disponível no site da AES ELETROPAULO na internet.

2.6.2.1. Condições de funcionamento

Obrigatoriamente a instalação deve ser provida de: Disjuntor motorizado com disparador de abertura e contatos auxiliares livres 3NA+3NF, relé de sobrecorrente (função 50/51), relé de subtensão (função 27), disparador de abertura, dispositivos de retardo, relé de rearme (função 79), relé de bloqueio, (função 86), intertravamento kirk, relé de sequência/inversão de fases (função 47) e relé de sobretensão (função 59).

Nota: No esquema de reame automático a bobina de mínima (quando existir) deve ser eliminada, ficando a abertura do disjuntor sob a responsabilidade exclusiva da bobina de abertura.

Toda SEE com rearme automático deve ser provida de TP a seco, com potência mínima de 1kVA, e deve ser instalado à jusante da medição e à montante do disjuntor principal, devendo ser protegido por fusíveis dimensionados apenas para corrente de curto-circuito, ou sua alimentação deve ser feita pelo TP da proteção.

Importante: A tentativa de rearme automático deve ocorrer apenas uma vez e caso for bem sucedida esta função deve ser bloqueada.

2.6.2.2. Atuação pela rede da Distribuidora

Os relés de subtensão, de sequência/inversão de fases e de sobretensão devem ser alimentados pelo secundário do TPP ou do transformador auxiliar, acima citado, que por sua vez deve ser conectado nas fases "R", "S" e "T". Quando da ocorrência de evento que provoque subtensão, falta de tensão de uma das fases ou desequilibrio de tensão entre fases na rede de distribuição da AES ELETROPAULO, este relé atuará, provocando a abertura do disjuntor principal, que fica por tempo inderteminado aguardando a normalização da rede. Quando ocorrer o retorno da tensão, o disjuntor através de um outro relé de retardo ou simplesmente dispositivo de retardo deve atrasar seu fechamento em dois minutos ou mais, evitando assim que todas as demais cargas de outros clientes entrem simultaneamente na rede de distribuição da AES ELETROPAULO.

2.6.2.3 Atuação pela rede do cliente

Além das exigência descritas no tem anterior, para atuação do disjuntor por falhas orundas das instalações do cliente, o disjuntor principal da SEE deve ser provido de relé de bloqueio (função 86) instalado no painel.

Havendo uma falta à jusante do disjuntor, o relé de sobrecorrente (função 50/51n) atuará sobre o disparador de abertura do disjuntor abrindo seus contatos principais. Simultaneamente será acionado o relé de bloqueio (função 86) que impedirá o fechamento do disjuntor até que o operador faça manualmente o "reset" desse relé de bloqueio, permitindo assim o fechamento do disjuntor.

2.6.2.4. Controle das instalações em rearme automático

Nas SEE ligadas em média tensão onde for implantado este tipo de recurso deve obrigatoriamente estar preparada para instalação futura um sistema de medição por telemetria, ficando a cargo do cliente o ônus correspodente à infraestrutura para instalação deste tipo de medição e de comunicação, seja por modem celular, TV a cabo, ou outra opção que mais se adéque às condições locais. Os custos dos equipamentos de medição e comunicação, quando forem instalados, correrão por conta da AES ELETROPAULO.

2.6.2.5 Infraestrutura Necessária

Para possibilitar a leitura à distância do medidor, por meio de telemetria deve ser prevista a instalação, embutida em alvenaria, de dois eletrodutos de aço galvanizado ou PVC de diâmetro 25mm, rígido rosqueável, sendo: um entre a caixa de medição tipo A3 e o ponto de telefonia mais próximo e o outro entre a caixa de medição tipo A3 e o quadro de distribuição de baixa tensão mais próximo. Caso seja necessária a instalação de caixa de passagem, neste trecho, a mesma deve ser provida de dispositivo para lacre. Fica a critério da AES ELETROPAULO a instalação dos equipamentos de medição e controle, tais como medidores eletrônicos, modem, roteadores, e demais equipamentos. Estas exigências se fazem necessárias para gerenciar os rearmes automáticos realizados no disjuntor principal da SEE em caso de falta.

2.6.3. Relés

A proteção geral das instalações deve ser provida de relés, conforme discriminado abaixo, os quais devem operar o desligamento automático do disjuntor geral quando de ocorrências de curto-circuito, sobrecorrente, máxima tensão, falta de fase e inversão de fase.

a. Relés de sobrecorrente

Devem possuir funções 50 e 51, fase e neutro e as faixas de ajuste que possibilitem efetuar as graduações necessárias. Estes reles devem ter as seguintes características:

  • Relés Primárias
  • Não são aceitos relés com príncipio de funcionamento com retardo a líquido.

  • Relés Secundários
  • Deve ser secundário e microprocessado.

O relé de proteção deve ter, no mínimo, as seguintes indicações do evento ocorrido: por fase, se sobrecarga ou curto-circuito, valores da magnitude da corrente interrompida.

Devem ser de tecnologia digital, microprocessado, autoalimentado ou não.

Quando o relé não for autoalimentada, deve possuir uma fonte de alimentação de reserva, com autonomia mínima de 2 horas, que garanta a sinalização dos eventos ocorridos e o acesso á memória de registro dos relés.

Para qualquer tipo de relé, deve ser instalado um dispositivo exclusivo que garanta a energia necessária ao acionamento da bobina de abertura do disjuntor, que permita teste individual, recomendando-se o uso de fonte capacitiva, associada ou não a outra fonte de alimentação auxiliar.

O relé deve ser provido de meios que impeçam a alteração de sua parametrização, local ou remota, executada de acordo com o projeto aprovado na AES ELETROPAULO. São exemplos destes meios: o lacre, chave interna ou senha de bloqueio de alteração remota.

Os transformadores para instrumentos conectados aos relés secundários podem ser instalados, a critério do projetista, do lado da alimentação da AES ELETROPAULO ou do lado da instalação da unidade consumidora, produtor independente ou autoprodutor. São exemplos de parâmetros a serem considerados na decisão: o tempo de operação como consumidor ou autoprodutor/produtor independente e demanda de injeção ou requerida no sistema da AES ELETROPAULO.

Nota: Por ocasião da inspeção da entrada consumidora, a AES ELETROPAULO solicitará laudo técnico do ajuste, podendo, a seu critério, efetuar a lacração dos relés nos valores predeterminados.

b. Relé de Supervisão Trifásica

Deve ser instalado relé de supervisão trifásica com funções n° 27, (mínima tensão), 47 (sequência de fase), 59(máxima tensão), alimentado pelo transformador de potencial da proteção pelo transformador auxiliar ou alimentação externa para, em caso de ocorrências atuadas por estes relés, operar o desligamento do disjuntor geral.

Nota: A operação de abertura pode eventualmente ser retardada de 4 segundos, no máximo, mediante prévia consulta à AES ELETROPAULO.

2.6.4. Fusíveis

A proteção por meio de fusíveis, tanto de circuitos internos como de transformadores e outros componentes das instalações elétricas, deve ser feita de acordo com as prescrições da norma NBR-14039, da ABNT.

Deve ser observado, que os transformadores de potencial da proteção e o transformadores auxiliar devem ser protegidos por fusíveis de capacidade compatível com a potência desses transformadores, tanto do lado da média como no lado da baixa tensão.

Nota1: Caso os transformadores de potencial da proteção sejam monofásicos, a proteção do lado de média tensão deve empregar dois fusíveis de 0,5 A por transformador. Assim, a proteção de transformadores monofásicos deve ser feita com a instalação de quatro fusíveis. Vide item 2.9.2. deste Capítulo e indicação no detalhe B dos desenhos 7, 8, 14, 15, 16, 17 e 18.

Nota2: As bases fusíveis, especificas para transformadores de potencial utilizados, devem ser instaladas em conformidade com os tipos de fabricação desses transformadores.

Nota3: Para instalação de dispositivos fusíveis, devem ser observadas as indicações do item 2.8. deste Capítulo.

2.6.5. Para-raios

A proteção de componentes das instalações elétricas contra sobre tensões transitórias (surtos) deve ser feita com a utilização de para-raios, cujas características estão indicadas no item 2 do Capítulo - MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PADRONIZADOS, observando-se o prescrito na ABNT NBR-14.039 e o seguinte:

a. Em ramal de entrada subterrânea, devem ser instalados três para-raios (um por fase diretamente ligados aos condutores no interior do recinto de medição da SEE, logo após o terminal interno do cabo subterrâneo;

b. A ligação dos para-raios à malha de aterramento deve ser feito com cabo de cobre, seção mínima de 25mm2, com isolação na cor verde ou nu, se for instalado em eletroduto este deve ser de PVC, independente dos demais condutores de aterramento, tão curto e retilíneo quanto possível e sem emendas ou quaisquer dispositivos que possam causar sua interrupção, observando-se que na haste da malha, utilizada para essa ligação, não devem ser conectados quaisquer outros condutores de aterramento.

2.7. Aterramento

2.7.1. Eletrodo de aterramento

A eficiência do eletrodo de aterramento da subestação depende da sua distribuição espacial e das condições locais do solo, o projetista deve selecionar um eletrodo adequado à tensão de contato máxima admissível pelo anexo A da ABNT NBR-14.039.

A adequação do eletrodo de aterramento com a tensão de contato máxima deve ser comprovada por cálculo ou medição. Se for por cálculo, este deve estar em conformidade com a ABNT NBR-15.751.

O memorial de cálculo ou relatório de medição deve fazer parte da documentação do projeto conforme estabelecido na seção 3.1. do Capítulo de SOLICITAÇÃO DE FORNECIMENTO.

Para que o eletrodo de aterramento esteja em conformidade com a tensão de contato estabelecido máxima admissível, ele deve constituir uma malha sob o piso da SEE, no mínimo um anel circundado o perímetro da edificação. Esta malha deve ser composta de cabo e hastes verticais.

As hastes verticais devem conforme a ABNT NBR-13.571, ser de alta camada, isto é, com uma camada de cobre com espessura mínima de 254 µm, e um comprimento mínimo de 2 metros. O número, o comprimento e o distanciamento das hastes influenciam na tensão de contato e devem ser definidas no projeto da malha, no entanto entanto é recomendado que o distanciamento entre as hastes não seja inferior ao valor do comprimento das hastes.

O cabo deve ser cobre nu com seção nominal definida pelo cálculo, e não deve ser inferior a seção mínima de 50mm2 estabelecida pela ANBT NBR-14.039. Os cabos devem ser enterrados a uma profundidade mínima de 0,60m.

Para a conexão entre cabos ou entre cabos e haste deve ser usada preferencialmente a solda exotérmica, quando não for possível o seu uso, pode ser usado conector e, neste caso, toda conexão deve ser feita em caixa que permita a sua inspeção, a qualquer tempo.

A malha deve ser construída de forma permitir a sua desconexão do sistema elétrico para medição, sendo que as medições devem ser feitas em conformidade com a ABNT NBR-15.749.

2.7.2. Condutores de Proteção

Os condutores de aterramento devem ser tão curtos e retilíneos quanto possível, sem emendas ou quaisquer dispositivos que possam causar sua interrupção.

As conexões entre os condutores de aterramento e sua malha devem ser feitas no interior de caixas de inspeção, por meio de conectores apropriados, não sendo permitido o uso de solda mole.

Todas as partes metálicas (massas ou elementos condutores estranhos a instalação, como, por exemplo, portas e janelas), não destinadas a conduzir corrente devem ser aterrads por meio de condutores de cobre, seção mínima de 25mm2, interligados a condutor de aterramento de mesmo tipo e seção.

2.7.3. Barramento de Equipotencialização Principal - BEP

O PEN deve ser interligado com a malha de aterramento, empregando-se para esse fim, um condutor de cobre com isolação para 750V na coloração azul clara até um terminal de cobre tipo barra (BEP), onde deve ser conectado. Este terminal de interligação neutro-terra deve ser instalado fora do recinto de medição, sob a caixa de medidores, e deve ser ligado diretamente à malha de aterramento. Os cabos isolados ou os barramentos devem ser identificados pela cor azul clara. Vide desenhos 7, 8, 17 e 18.

2.7.4. Aterramento das Blindagens dos Cabos

As blindagens metálicas dos cabos subterrâneos devem ser devidamente aterradas, obedecendo ao prescrito na norma ABNT NBR-14039 e às recomendações do fabricante, sendo que ambas extremidades dos cabos do ramal de entrada sejam ligadas ao PEN da AES ELETROPAULO. Não é permitido o aterramento nos condutores de saído dos para- raios.

Nota: O aterramento dos para-raios deve ser feito conforme indicado no item precedente, 2.6.5.b, deste Capítulo.

2.8. Chaves Seccionadoras

As chaves devem ser tripolares, e dotadas de dispositivo para comando simultâneo das três fases por meio de punho ou bastão de manobra. Devem dispor de engate seguro que impeça sua abertura acidental.


Tensão Nominal
[kV]
NBI
[kV]
Capacidade de Corrente Nominal [A]
da base fusível da chave selecionadora
Até 13,8 95 100/200 200/400
23 125

Em conformidade com a norma NBR-14039, da ABNT, a instalação de chaves deve ser feita de forma que as partes móveis fiquem sem tensão quando as chaves estiverem abertas, bem como de forma a impedir que a ação da gravidade possa provocar seu fechamento

As chaves que não possuem características para operação em carga deve, ser sinalizadas com placas de advertência, instaladas de maneira bem visível junto aos pontos de manobra, contendo a inscrição: "ESTA CHAVE NÃO DEVE SER MANOBRADA EM CARGA". Neste caso, a chave seccionadora deve possuir intertravamento elétrico com o disjuntor, com exceção da chave seccionadora do cubículo de medição.

a. Chaves Seccionadoras

Devem ser instaladas chaves seccionadoras, para manobras, em todos os pontos em que haja necessidade de seccionamento visível que possibilite a execução, em condições seguras, de serviços de reparos e manutenção dos componentes das instalações.

A altura da instalação deve ser determinada de forma que, estando a chaves abertas, à parte que permanece energizada fique, no mínimo, a 2.900mm do piso. Vide desenhos 7, 8, 17 e 18.

b. Bases Fusíveis

A utilização de dispositivos fusíveis, para adequada proteção de equipamentos e componentes das instalações elétricas por meio de fusíveis, deve atender às prescrições ABNT NBR-14.039.


  • Para proteção de transformador auxiliar deve ser instalado, obrigatoriamente, dispositivo fusível do tipo limitador de corrente.
  • Para transformadores de potencial da proteção, devem ser observadas as indicações das notas 1 e 2 do item 2.6.4. deste Capítulo.
  • Bases fusíveis devem ser precedidas, a montante, de um ponto de seccionamento (chave seccionadora), não sendo permitida a utilização de chaves com bases incorporadas à sua estrutura.
  • Não é permitida a utilização de chaves com fusíveis incorporados às lâminas.

2.9. Transformadores

Os transformadores a serem utilizados devem atender às exigências das normas da ABNT (NBR-5356 e outras), e apresentar as seguintes características:

a. Devem ser trifásicos e possuir os enrolamentos do primário ligados em delta;

b. A instalação dos transformadores deve atender às prescrições da norma ABNT NBR-14.039;

c. A bucha X0 deve ser conectada ao aterramento geral.

2.9.1. Transformador Auxiliar

É recomendável a instalação, antes do disjuntor geral, de um transformador trifapásico, devidamente protegido por fusíveis tanto no lado do primário como no de baixa tensão, com potência de no máximo 300kVA, tendo por finalidade a alimentação da iluminação da SEE.

O transformador auxiliar pode alimentar, também, os dispositivos de proteção com atuação na bobina de abertura do disjuntor geral, bem como o sistema de combate a incêndio (vide item 10 do Capítulo das CONDIÇÕES GERAIS PARA FORNECIMENTO).

A instalação de transformador auxiliar deve ser feita na SEE, em cubículo próprio situado, elétrica e fisicamente, entre o recinto de medição e o cubículo do disjuntor geral. Vide desenhos n° 17 e 18.

No caso de instalação de transformadores para sistema de combate a incêndio em conjuntos blindados a proteção deve ser instalada em cubículo próprios situado, elétrica e fisicamente entre o recinto de medição e o cubículo do disjuntor geral. O transformador pode ser instalado no mesmo recinto ou em posto de transformação independente. Instalar uma placa de identificação ao lado do transformador com os seguintes dizeres:

"O disjuntor geral não desliga este transformador. Desligar a seccionadora que alimenta este equipamento localisada na SEE";

Caso esse transformador não for a seco, deve ser instalado sob um recipiente para conteção de um possível vazamento de óleo que nao deve em hipotese alguma atingir o solo;

Para instalação do transformador auxliar devem ser obedecidas as prescrições das normas:
ABNT NBR-13.231 E ABNT NBR-14039 entre outras.

2.9.2. Transformador de Potencial da Proteção

Devem ser instalados transformadores de potencial de capacidade nominal máxima de 500VA, para a alimentação dos dispositivos de proteção contra infratensão e falta de fase com atuação na bobina de abertura do disjuntor geral.

Nota1: A instalação de transformadores de potencial exclusivos para alimentação dos dispositivos de proteção pode também ser feita, a critério do interessado, mesmo que seja instalado transformador auxliar.

Nota2: A iluminação interna da SEE deve ser proveniente, exclusivamente, do transformador de serviço, localizado em outro recinto, ou do transformador auxiliar.

Os transformadores de potencial a serem utilizado podem ser monofásicos ou trifásicos. Devem ser devidamente protegidos por fusíveis, tanto do lado da média como no lado da baixa tensão. Sua instalação deve ser feita no cubículo do disjuntor geral. Vide desenhos 7, 8, 17 e 18.

Caso sejam instalados dois transformadores de potencial monofásicos (mínimo necessário), sua ligação deve ser feita entre fases e a proteção, no lado do primário, deve ser feita por meio de quatro fusíveis, conforme indicação no detalhe dos desenhos 7, 8, 17 e 18.

As partes sob tensão das buchas primárias deverão se distanciar do solo de 1.000mm a 1.500mm.

2.9.3. Transformadores de Serviço

Os transformadores de serviço não devem ser instalados no mesmo recinto da SEE. Ou seja, devem ser instalados em postos de transformação independentes, que podem ficar ao lado da SEE, porém separados por parede de alvenaria e acesso independente ou, a critério do cliente, em outro recinto próximo aos centros de carga da instalação.

A especificação desses transformadores tais como, tipo, potência, localização, distâncias de segurança e proteção, deve obedecer às prescrições de normas da ABNT (NBR-13.231, NBR-14.039 e outras).

Deve ser apresentado junto com o projeto da SEE um diagrama unifilar contendo a potência de transformação total instalada, a potência nominal individual dos transformadores instalados, bem como o tipo, as tensões nominais e respectivas impedâncias.

2.9.4. Capacitores

A instalação de capacitores, quando necessária, deve ser feita após a medição e fora do recinto da SEE.

2.9.5. Grupo Gerador

A instalação de grupo gerador, quando necessária, deve ser feita após a medição e fora do recinto da SEE. Ver item 8. do Capítulo CONDIÇÕES GERAIS PARA FORNECIMENTO.

3. Multimedição

As entradas consumidoras convencionais com multimedição caracterizam-se pelo atendimento de mais de uma unidade consumidora em média tensão na mesma SEE com um único ramal de entrada, protegidas por disjuntores individuais.

O ponto de entrega deve ser considerado nos terminais da mufla externa, cuja conexão com o ramal de entrada deve ser realizada pelo interessado. Para entradas aéreas, o ponto de entrega situa-se nos isoladores de suspensão do cliente destinados a sustentar o ramal de ligação.

O disjuntor principal e os demais equipamentos comuns à SEE são de responsabilidade de todos os consumidores instalados na SEE ou da administração do empreedimento.

A iluminação da SEE não pode ser alimentada pelos TPP - Transformadores de Potencial de Proteção do disjuntor geral, onde esta iluminação deve ser proveniente do transformador de serviço da administração ou do transformador auxiliar.

A construção da SEE pode ser tanto em alvenaria quanto constituída de conjuntos blindados.

3.1. Disjuntor Geral

O disjuntor geral deve ser obrigatoriamente, protegido por relé secundário, independentemente, da somatória das demandaas contratuais da instalação, bem como, ser provido de supervisor trifásico, de acordo com o item 2.6.3. deste Capítulo.

3.2. Disjuntores Parciais

Os disjuntores parciais podem ser protegidos por relés primários, desde que não ultrapasse a potência de transformação de 300kVA.

3.2.1. Identificação

Os disjuntores parciais devem possuir placas metálicas, de indentificação da unidade consumidora atendida, instaladas na tela de proteção do cubículo.

3.3. Medição e Proteção da Administração

A medição e a proteção da administração devem ser alocadas, obrigatoriamente, logo após o disjuntor geral, ou seja, deve ser sempre a primeira medição do recinto.

Nota: Quando da necessidade de instalação de transformador auxiliar, este deve ser instalado, física e eletricamente, em cubículo independente entre o cubículo da medição da administração e o cubículo do seu primeiro disjuntor. O consumo deste transformador será registrado pelo medidor da ADM.

3.4. Proteção dos barramentos em SEE de alvenaria

Todo percurso dos barramentos com energia não medida deve possuir proteção inviolável de tela metálica com malha máxima de 13mm2.

Deve ser prevista porta tipo alçapão nos cubículos de medição, com sentido de abertura para baixo e trinco para acesso ao barramento principal.

Nota: Os detalhes construtivos devem ser observados no item 1. deste Capítulo e, conforme desenhos n°14, 15 e 16.

3.5. Sistema de combate a incêndio

No caso de instalação de transformadores para sistema de combate a incêndio, em conjuntos blindados o seccionamento e a proteção deve ser instalada em cubículo próprio situado, elétrica e fisicamente entre o recinto de medição e o cubículo do disjuntor da ADM, ou na falta deste, do primeiro disjuntor parcial. Preferencialmente o transformador auxiliar deve ser instalado no mesmo recinto. A critério do projetista pode ser instalado em posto de transformação independente.Deve ser instalada uma placa de identificação ao lado do transformador com os seguintes dizeres: "Os dijuntores parciais não desligam este transformador. Desligar a seccionadora que alimenta este equipamento localizado na SEE principal".

Nota: Em SEE construída em alvenaria o transformador, chave seccionadora e a proteção, para o sistema de combate a incêndio devem ser instaladas elétrica e fisicamente entre o recinto de medição e o cubículo do disjuntor da ADM, ou na falta deste, do primeiro disjuntor parcial. Vide desenhos n° 17 e 18.

4. Afastamentos Mínimos Instalação de Equipamentos

Os afastamentos mínimos indicado na Tabela 1 devem ser observados para todos os componentes das instalações elétricas e devem ser considerados entre superfícies externas vivas, e não entre eixos.

4.1. Tabela 1


Equipamentos Instalados em Subestações Convencionais
e Subestações Simplificadas de Instalação Interna
Tensão Nominal [kV] Afastamentos Mínimos
fase - fase [mm] fase - terra [mm]
Até 13,8 200 160
Até 23 300 200
5. Afastamentos Mínimos Ramais de Ligação

5.1. Tabela 2


Afastamentos Mínimos para os Condutores do Ramal de Ligação
Itens de referência a serem observados Tensão Nominal [kV] Projeção
Até 13,8 23
[mm] [mm]
Em relação ao nível do solo 6.000 6.000 Vertical
Entre os condutores no ponto de fixação em paredes 600 600
Em relação ao limite de propriedade de terceiros 2.000 2.000 Horizontal
Em relação a qualquer edificação 2.000 2.000
Em relação a janelas, sacadas, marquises, escadas e terraços 2.000 3.000
6. Tensões Sugeridas para Transformadores

6.1. Tabela 3


Tensão Nominal [kV] Derivações sugeridas no enrolamento primário [kV]
3,8 3,985 -3,785 - 3,585 - 13,8 - 13,2/12,6
13,8 13,8 - 13,2 - 12,6
21 22,1 - 21 - 19,9
23 24,0 - 23,0 - 21,9/20,9
34,5 36 - 34,5 - 33
7. Chaves de Transferência Automática

7.1. Sistema seletivo 21kV ou 34,5kV

Quando o sistema de atendimento for seletivo em rede de distribuição aérea ou subterrânea é obrigatório prever espaçp físico, entre o ponto de entrega e o cubículo de medição, no limite de propriedade com a via pública, para instalação de uma chave de transferência automática da distribuidora.

A finalidade da chave de transferência é alternar a fonte de alimentação em caso de falta do circuito principal. A chave tem duas entradas e uma saída. A interligação da chave até a SEE é de responsabilidade do cliente.

A conexão na bucha de saída da chave deve ser do tipo desconectável, tipo TBB, padrão ANSI de 600 A em tensão compatível com a do sistema de fornecimento.

A terminação no interior da SEE deve ser conforme descrito no item 2.3.2. deste Capítulo.

A dimensão do cubículo para alojar a chave de transferência deve ser (2,25m x 4,00m x 2,30m).

7.2. Localização da Chave de Transferência

O recinto destinado à instalação da chave de transferência deve ser localizado conforme descrito no item 1.1. deste Capítulo. Ver desenhos n° 19 e 20.

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